terça-feira, 22 de novembro de 2011

Capítulo 21


Gentili cai para trás com o impacto do tiro. Ao ver o sangue, Letícia se desespera:
            - Socorro, alguém chame uma ambulância, rápido!
            Luque deixa a arma no chão e tenta fugir, mas Rafinha é mais rápido e o agarra:
            - Chamem a polícia também!
            Letícia se aproxima e o estapeia:
            - Olha o que o seu ciúme doentio fez, seu imbecil! Eu te odeio! Torça pra não acontecer nada de mais grave com o Danilo! E você atirou nele com a minha arma! Como a conseguiu?
            - Isso não importa! Só me diga se você o ama?
            - O Danilo? Não! Nós não estamos namorando, seu idiota, ele é só meu amigo! Ela não consegue olhar para Rafinha, mas sente seu olhar sobre ela.
            - Beleza, então atirei no cara errado, para ajudar...
            - Olha só o que você está falando, Luque! Virou um psicopata lunático, não te reconheço mais...
            Letícia volta a amparar Danilo:
            - Você vai ficar bem, meu amigo, aguente firme!
            - Alguma vez você me amou, Letícia?
            - Não Luque, me desculpe, mas começar a te namorar foi um erro: você insistiu tanto, parecia me amar, que eu achei que com o tempo poderia aprender a te amar também, mas isso não aconteceu...
            - Mas eu te amo tanto!
            - Desculpe-me, mas não acho que isso seja amor, e sim obsessão: quem ama realmente só quer ver a pessoa amada feliz, independentemente de com quem!
            Nessa hora, chega a ambulância, e eles rapidamente levam Danilo:
            - Eu vou junto! Avisa Letícia.
            Em seguida, chega a polícia, que leva Luque preso.
            - Os paramédicos tranquilizam Letícia: o tiro havia atingido Danilo de raspão. Não havia risco de vida. Mesmo assim, Letícia chora:
            - Desculpe, Dan, se eu não tivesse feito a besteira de inventar esse nosso namoro, nada disso teria acontecido! A culpa é minha...
            - Não se preocupe, Lê, estou feliz que você inventou isso.
            - O quê?
            - Pense: eu me tornei o alvo do tiro do Luque porque ele viu nosso beijo. Se não, o alvo do tiro, com certeza, teria sido o Rafinha, e talvez ele não tivesse tido a mesma sorte que eu, de ter levado o tiro apenas de raspão.
            - Ai, Danilo, você não existe... Te amo, viu?
            - Espero que só como amigo! Afinal, também não quero viver sendo o alvo da raiva do Luque!
            E ambos caem na risada. E torcem para que não haja uma próxima vez, para que Luque tenha aprendido a lição.

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