Letícia estava tendo um pesadelo horrível: Luque a perseguia, e ela não conseguia escapar! Além do mais, ele tinha matado todas as pessoas que ela amava. Isso era seu pior pesadelo! Então ela acorda, sentindo uma forte dor em sua perna. Ela estava novamente num hospital? Não! Ela sente a presença de alguém ao seu lado, e fica com medo de olhar: e se fosse o Luque? Ela se lembrou da picada da cobra... Só podia ter sido ele que a encontrou desacordada, e a trouxe para um hospital! Mas ela, estranhamente, se sentia segura com essa presença. Então, ela vence o medo e olha para o lado:
- Rafinha? É você mesmo?
- Letícia? Que bom que você acordou! Como está se sentindo?
- Estou com dor na perna... Como eu vim parar aqui? Cadê o Luque?
- Não se preocupe, ele não pode mais te atingir, ele morreu ao fugir da polícia, capotando e explodindo o carro! Eu e o Nicky te achamos...
- Eu sabia que você me acharia! Mas cadê o Nicky?
- Bom... Antes de fugir, o Luque apontou uma arma pra mim, e ele se postou na frente, levando um tiro no peito...
- Como ele está?
- Olha... Eu tentei salvá-lo, extraí a bala e costurei, ele chegou com vida aqui, mas... Não resistiu, tinha perdido muito sangue... Sinto muito...
- O quê? Agora você acha que é médico?
- Não, mas ele estava sangrando tanto... Ele me salvou, eu tinha que tentar fazer alguma coisa!
- Você o matou, você é culpado, sai daqui!
- Letícia, eu...
- Sai!
E Rafinha sai desolado do quarto. Ele chama o médico para vê-la. Os outros se assustam ao vê-lo:
- A Letícia acordou? Pergunta Danilo.
- Sim... Rafinha responde, melancólico.
- Mas isso não é bom? Por que essa cara?
- Ela acha que eu sou o culpado pela morte do Nicky... Rafinha fala, triste.
- Absurdo! Não se preocupe, vou falar com ela.
- Eu vou voltar para o Brasil, e já conto tudo para todos...
- O que aconteceu com a Letícia? Será que o veneno da cobra afetou seu cérebro? Pergunta Suh.
- Não sei, mas ela vai ouvir umas verdades! E Danilo vai até o quarto dela. O médico a examinava:
- Por que você tratou o Rafinha desse jeito?
- Dan, que bom te ver!
- Não vem com essa! Eu estava com o Rafinha, ele fez tudo o que podia para tentar te salvar e ao Nicky, e você vai culpá-lo de matar o Nicky? Foi o Luque quem atirou nele!
- Mas a bala era para o Rafinha!
- Vai dizer agora que você preferia o Rafinha morto?
- Não! Mas eu acabei de confirmar com o médico que o Rafinha devia ter deixado a bala, pois ela estava impedindo o sangue de “vazar” livremente! E a causa da morte foi perda de sangue, causada pelo Rafinha!
- Como ele ia saber? Ele tinha a melhor das intenções, já se sentia culpado, eu vi o desespero dele para tentar salvá-lo, não precisava de você o chamando de assassino agora!
- Eu não falei isso! E, de boas intenções, o inferno está cheio!
- Eu não te reconheço... Mesmo que essa reação seja porque você amava o Nicky, o Rafinha não merecia ser tratado assim, e você sabe disso! Nada disso é culpa dele, e sim sua: primeiro, por ter começado a namorar o Luque não o amando, e depois vindo pra Londres, envolvendo o Nicky na sua história!
E Danilo a deixa sozinha. O que ela tinha feito?
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