Letícia chega no aeroporto para descobrir que o voo para Londres atrasaria meia hora. Era só o que faltava! Ela odiava ter que esperar, ainda mais agora que tudo o que queria era se afastar de tudo! Ela sempre quis ir para Londres, morar definitivamente por lá! Talvez agora ela concretizasse seu sonho, embora doesse a ideia de se afastar de sua família, da Baby, de seu melhor amigo Danilo... E, por mais que ela quisesse negar, a ideia de nunca mais ver Rafinha era insuportável! Uma lágrima cai, mas ela reprime as demais: ele não acreditava nela, e tinha voltado com a Júnia... Júnia era a esposa dele, eles ainda deveriam se amar, e talvez sempre fossem se amar, ela era a intrusa desde o início! Sim, o melhor que ela fazia era nunca mais voltar. Ela resolve dar uma volta para passar o tempo, e passa em frente a uma revistaria. Imediatamente, ela avista um revista com Rafinha na capa. Seu coração se aperta, e ela volta para o aeroporto. Preferia já esperar no avião.
Quando ela estava prestes à fazer o check in, ela ouve uma voz familiar chamar seu nome:
- Ah não! E Letícia tenta apressar a fila.
- Letícia, por favor, espera!
- Rafinha, me deixa!
- Você vai para Londres?
- Vou realizar meu sonho...
- Eu pensei que eu era o seu sonho...
- Falou bem: era... Passado...
- Não é possível que você tenha deixado de me amar tão rápido!
- Pois eu não te amo, eu menti...
- Tá bom... A-credito!
- Não me interessa mais o que você pensa!
Nesse instante, Rafinha cala Letícia com um beijo. Em seguida, ele tira uma caixinha do bolso:
- Casa comigo?
Instantaneamente, todos rodeiam o casal, torcendo por um final feliz:
- Deixa de ser ridículo! E Letícia dá as costas para Rafinha, para tentar esconder as lágrimas que começam a cair. Ela volta para a fila, como se nada tivesse acontecido.
- Então é assim que vai ser? Você vai continuar fugindo de mim, do que sente? Espero que consiga ser feliz assim, então...
As pessoas ao redor reclamam, decepcionadas. Letícia olha para trás e vê Rafinha se afastando. A vontade de ir atrás dele é imensa, mas ela a reprime. Ela precisa ir embora, sem olhar para trás. Mas por que isso tem que ser tão difícil?
Ela entra no avião, esperando ter tomado a decisão certa.
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